O Transtorno da Ansiedade Generalizada (TAG), segundo
o Manual de Classificação de Doenças Mentais (DSM-IV), é uma
ansiedade/preocupação excessiva, persistente e de difícil controle, que pode
haver um período de pelo menos seis meses por diversos motivos ou atividades
(não depende do contexto e é desproporcional aos fatos).
Geralmente pessoas ansiosas só
costumam procurar ajuda psiquiátrica ou psicoterapia em situações emergenciais,
quando o organismo entra em falência física ou mental, quando não
tratada, a ansiedade patológica pode comprometer qualidade de vida,
acarretando prejuízos em sua vida e seu entorno social/familiar.
O DSM-IV exige tres ou mais dentre os seguintes
sintomas para o diagnóstico em adultos ou apenas mais de um no caso de
crianças:
Inquietação ou
sensação de estar com os nervos à flor da pele;
Fadiga;
Dificuldade em concentrar-se ou
sensações de branco na mente;
Irritabilidade;
Tensão muscular;
Perturbação do sono (dificuldades
em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto)...
Para ser diagnosticada a perturbação não pode ser
devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (droga de abuso,
medicamento) ou de uma condição médica geral (como hipertiroidismo).
Não deve ser confundido com transtorno do pânico em que a ansiedade é por acreditar estar correndo
risco de vida como um ataque cardíaco ou sufocamento e caracterizado por
curtos, recorrentes e imprevisíveis episódios de intensa ansiedade acompanhados
por variadas manifestações fisiológicas.
Freud deu um nome interessante para TAG: neurose da
angustia - se refere á ansiedade generalizada e persistente, na qual o órgão
que é sentido como doente é o órgão genital quando excitado.
O que seria isso?
A neurose de angústia é um tipo de doença que Freud
definiu como sendo uma neurose atual (que seria a ausência ou inadequação da
satisfação sexual), caracterizada por um acúmulo de excitação sexual
transformada em sintoma sem mediação psíquica.
O
quadro clínico da neurose de angústia compreende vários sintomas:
Irritabilidade
geral: há um aumento na irritabilidade causando grande excitação, podendo
tornar-se incontrolável. Uma manifestação da irritabilidade é a hiperestesia
auditiva (distúrbio neurológico – um aumento
desproporcional na sensação de intensidade do som em resposta a estímulos auditivos), revelada
frequentemente como causa de angústia.
Quando se está ansioso demais as possibilidades de
tudo dar errado aumentam. Isso acontece devido a uma característica muito
interessante desse quadro chamada intolerância à incerteza - ou seja, a pessoa
não admite esperar por algo, não admite que nem tudo depende dele, não admite
não ter certeza de tudo. Simplesmente não suporta a incerteza. O imediatista
quer tudo pra já.
Curso:
Muitos pacientes afirmam que sentiram ansiedade por
toda a vida (característica de personalidade); fatores ambientais; um pai que
tem medo é
propenso a transmitir seu medo para
os filhos, a criança aprende a ser medrosa, ansiosa, preocupada vendo os
adultos se comportando assim.
O curso é crônico,
mas oscilante, e piora durante os períodos de estresse.
Tratamento:
Basicamente é psicoterápico, mas também se
utiliza medicação (ansiolíticos e/ou antidepressivos). A maioria das pessoas
experimenta uma acentuada redução da ansiedade com esses métodos. A psicoterapia
(analítica ou não) sempre é uma ajuda importante.
O tratamento pode ser diferente de pessoa para pessoa
de modo a adaptar-se à sua situação e à extensão dos seus sintomas. A
comunicação verbal e não verbal do paciente com o terapeuta é muito importante
para definir as possíveis opções de tratamento. Deve haver um acompanhamento
regular (medicamentoso/terapêutico).
O paciente muito ansioso não se livra da sua preocupação
porque acha que ter preocupação é salutar. Existem várias crenças errôneas que
a pessoa vai aprendendo desde a infância que deveria desmistificá-las. Aqui
vale ressaltar a importância do quanto você gosta de dramatizar a sua vida. É
claro que sempre há uma saída, a psicoterapia é o processo no qual você aprende
a controlar a ansiedade. E o psiquiatra a prescrever sua medicação aquela mais
ajustada para cada caso.
É muito importante tratar a TAG, pois é muito comum
que apareça conjuntamente depressão ou pânico tornando o quadro incapacitante
para o paciente.
Muitas vezes precisa eliminar as causas, quando ela
vem de fora ou fazer psicoterapia, quando ela vem de dentro.
Algumas medidas podem melhorar muito sua qualidade
de vida e baixar a ansiedade, como:
Mudanças
de hábitos;
Menos
cafeína (café e refrigerantes a base de cafeína);
Mais
lazer;
Mais
prazeres e menos deveres;
Yoga
ou meditação;
Psicoterapia.
Jamais desista de si mesmo,
procure ajuda.
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