Psicologia
Segunda tópica
No texto anterior escrevi sobre a primeira
tópica: inconsciente, pré- consciente e
consciente.
Hoje reiniciarei sobre a segunda
tópica: id, ego, e superego.
Freud procurou dar uma explicação a
forma de operar do inconsciente, propondo uma estrutura particular. Na primeira
tópica de sua teoria Freud se preocupava em estudar o que levava a formação dos
sintomas psicossomáticos (principalmente a histeria, por isso apenas os
conceitos de inconsciente, pré-consciente e consciente eram suficientes).
Quando sua preocupação se virou para a forma como se dava o processo da
repressão, passou a adotar os conceitos de id, ego e superego.
O ID representa os processos
primitivos do pensamento e constitui, segundo Freud, o reservatório das
pulsões, dessa forma toda energia envolvida na atividade humana seria advinda
do id. Inicialmente, considerou que todas essas pulsões seriam de origem
sexual, ou que atuariam no sentido de auto preservação.
Posteriormente, introduziu o
conceito das pulsões de morte, que atuariam no sentido contrário ao das pulsões
de agregação e preservação da vida.
O ID é responsável pelas demandas
mais primitivas e perversas.
O EGO, permanece entre ambos, alternando nossas
necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais. É a instância que se
inclui a consciência. Um eu saudável proporciona a habilidade para adaptar-se a
realidade e interagir com o mundo exterior de uma maneira que seja cômoda para
o id e o superego.
O SUPEREGO, a parte que contra-age ao id,
representa os pensamentos morais e éticos internalizados.
Freud estava especialmente interessado
na dinâmica destas tres partes da mente. Argumentou que essa relação é
influenciada por fatores ou energias inatas, que chamou de pulsões.
Descreveu duas pulsões antagonicas:
- Eros, uma pulsão sexual com
tendência à preservação da vida,
e - Tanatos, a pulsão da morte, que
levaria à segregação de tudo o que é vivo, à destruição. Ambas as pulsões não
agem de forma isolada, estão sempre trabalhando em conjunto.
Como no exemplo de se alimentar,
embora haja pulsão de vida presente, afinal a finalidade de se alimentar é a
manutenção da vida, existe também a pulsão de morte presente, pois é necessário
que se destrua o alimento antes de ingeri-lo, e aí está presente um elemento
agressivo, de segregação.
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