Uma questão que intriga os cientistas há séculos - fêmeas da espécie humana passam ou não por um perÃodo de cio? - acaba de receber uma contribuição inesperada: a das strippers. Pesquisadores americanos descobriram que elas ganham quase 50% mais gorjetas quando estão no auge de seu perÃodo fértil, o que indicaria que a platéia é capaz de detectar esse perÃodo de alguma forma.
Geoffrey Miller e seus colegas da Universidade do Novo México relatam, em estudo publicado na revista cientÃfica "EvÂoÂluÂtion and HuÂman BeÂhavÂior", os dados obtidos de 18 dançarinas de strip-tease. Por meio de um site, elas passaram para os pesquisadores informações sobre seu ciclo menstrual, seus horários de trabalho e seus ganhos durante um perÃodo de 60 dias.
O ciclo de fertilidade feminina corresponde ao ciclo menstrual, ao longo do qual os óvulos são liberados e colocados em posição para serem fertilizados. O que os pesquisadores viram é que havia uma correlação entre as gorjetas mais altas e o ponto desse ciclo onde a chance de fecundação do óvulo é máxima.
Nesses perÃodos ideais para conceber, as dançarinas ganhavam cerca de US$ 335 por cinco horas de trabalho, enquanto o ganho médio era de US$ 260. O pior desempenho financeiro ocorria durante a menstruação: só US$ 185. Trata-se de uma variação média de 45% nos rendimentos."
Esses resultados constituem a primeira evidência econômica direta da existência e da importância do estro [cio] em fêmeas humanas contemporâneas, num contexto real", escrevem os pesquisadores. O mais curioso é que as strippers que tomavam anticoncepcionais (suprimindo, dessa forma, seu pico de ovulação) também não tinham alta em seus ganhos.