Como vai sua auto estima, meu jovem?
Psicologia

Como vai sua auto estima, meu jovem?


A Adolescência é o período do crescimento humano, situado entre o inicio da puberdade e o estabelecimento da vida madura. De modo geral, abrange três níveis de maturação e desenvolvimento: a puberdade (pré adolescência) no período dos 12 aos 14 anos; a adolescência propriamente dita, dos 15 aos 17; e a adolescência tardia, dos 18 aos 21 anos. 
Começa com os primórdios físicos da maturidade sexual e termina com a realização social da situação de adulto independente.  
A adolescência é um tempo de transição (transformações), portanto de crise, especialmente no que refere a construção de um sentimento de identidade. Não é mais infantil, nem adulta. O que eu sou afinal?  
Caracteriza com oscilações de humor. Parece estar numa montanha russa, ora está trancada no quarto outra, se expõe a risco (prazer acima de tudo).
Cada jovem vivencia algum grau de diferença entre o que ela gostaria de ser e aquilo que ela pensa ser. Quando a imagem que você faz de si, é baixa, a auto estima costuma ser alta. Quando a imagem de si é alta (quando o jovem vê a si mesmo sem metas e valores) a auto estima será mais baixa. Então, você tem que valorizar algo que seja bom em você mesmo e apostar nisso.
O que eu gosto em mim mesma? O corpo cresce de forma desordenada e as vezes o jovem não está gostando do que vê. Como posso me valorizar?
Nos meninos a voz engrossa e alguns ganham pelos no rosto, no peito.
As meninas vêem crescer os pelos, os seios e percebem uma mudança hormonal: a menstruação. O que está acontecendo comigo afinal?
Os hormônios se revoltam. Surgem as inquietações emocionais.
Vem a atração por outros jovens e o medo da rejeição. Será que ele(a) vai gostar de mim?
É preciso fazer parte de um grupo social de amigos e ser aceito por eles. E se eu não for aceito?
E se não bastasse vem a cobrança dos pais/avós e irmãos mais velhos que nos empurram na parede pela escolha profissional assim tão cedo? Xiiii, qual vai ser a minha profissão pelo resto da vida? Será que vai dar certo?
É impossível pular essa etapa da vida, mas nesse turbilhão de provações muitos jovens acabam com a auto estima prejudicada.
Esse é um momento de reorganização do indivíduo em relação a sua imagem corporal com seu lugar no mundo.
A baixa auto estima é uma característica dos indivíduos que se sentem inadequados para enfrentar os desafios da vida, não acreditam nos seus potenciais e capacidade de dar resposta nas questões da vida. Tem uma estrutura emocional pouco sólida que origina o pessimismo e a negatividade.
As mudanças físicas são muito rápidas e os jovens deixam de ser criança e tem de se adaptar a um novo papel social. Nesse processo, o jovem se torna mais vulnerável as críticas e aos fracassos.
Você pai, está a par destas transições, como está lidando?    
O adolescente que tem seu amor próprio abalado fica inseguro e volta-se mais para ele mesmo. “Como está sendo difícil olhar lá para fora, não me enquadro em nada”....pensa um adolescente.
O adolescente pode se mostrar triste e não querer ir para a escola nem participar de festas e outros eventos sociais, muitas vezes dizendo estar se sentindo feio ou não ter as roupas certas. “Me sinto desengonçado”, pensa outro jovem.
Agressividade, rebeldia ou alguma compulsão também podem ser sinais que demonstram que algo não vai bem.
Alguns adolescentes podem começar a criar personagens, reforçar características estereotipadas por achar que as pessoas não vão gostar dele, o adolescente pode entrar numa fantasia: ficar se comparando com artistas (de um modo geral), e isso não fará se sentir melhor, pois as pessoas são diferentes, possuem necessidades, desejos e históricos de vidas diferentes.
Você participa da vida do seu filho? O que ele gosta o que detesta? Dá apoio?
A auto estima não é se achar o máximo o tempo todo, é a pessoa se amar tendo consciência de que tem pontos bons e ruins. É um reconhecimento de suas reais capacidades e dificuldades.
Valorize seu filho(a) pelo que eles são.
Criar os filhos para o mundo real seria melhor adequação.
Eventualmente, todo mundo vai se deparar com dificuldades e frustrações na vida e, se a pessoa cresce achando que vai ser o melhor em tudo e tiver tudo o que quer, o jovem pode se frustrar.
Uma das maneiras boas seria corrigir seu filho quando errar (sem gritar ou ofender) e elogiar quando acertar, porque ninguém só acerta ou só erra o tempo todo, mais uma vez, valorize seu filho reforçando seus talentos.
  Portanto, auto-estima = O quanto gostamos de nós mesmos.
Ter amor próprio é gostar de si mesmo (nível de auto domínio).
O que é o domínio de si mesmo?
É a habilidade que temos para nos conduzirmos a realmente fazer, o que queremos fazer, por outras palavras, tem a ver com a nossa auto confiança auto disciplina. Uma pessoa que tem domínio sobre si mesmo, tem auto integridade e capacidade para manter-se fiel as suas palavras e compromissos. Ter uma boa auto estima implica integridade pessoal e consideração pelos outros.
Cada vez que deixamos de ouvir a nossa voz interior, e não agimos de acordo com algo que nós precisamos, ficamos susceptíveis a perdermos a confiança em nós mesmos e nas nossas habilidades.
Cada vez que você jovem conseguir concretizar, realizar e seguir em frente, essa experiência torna-se uma placa sólida de auto confiança, promovendo a construção de uma imagem mais positiva de você mesmo.
Normalmente as pessoas com níveis de auto estima mais alto reconhecem os seus erros, tem momentos de arrependimento e até de raiva consigo mesma, mas passa.
O que diferencia uma pessoa com auto estima elevada não é a inexistência de tristezas, mas sim a capacidade para sair desse estado. Ter amor próprio (gostar da gente) também implica sermos capazes de olhar para os nossos erros e consertá-los, reconhecer os obstáculos e arregaçar as mangas para enfrentá-los.
Quando gostamos de nós mesmos, somos capazes de:
Conseguir recursos para progredir na carreira (escola/trabalho) em vez de se acomodar em situações que você se poe para baixo;
Protestar suas necessidades afetivas (sendo mais saudável, sob o ponto de vista mental);
Pedir ajuda quando você não consegue ser capazes de resolver os problemas sozinhos;
Manifestar e deixar transparecer a tristeza, a deixando sair de dentro de você, expondo suas opiniões....
Se a baixa auto estima não for cuidada na adolescência, o jovem pode chegar na vida adulta apresentando um quadro de depressão e ter dificuldades para se relacionar na vida profissional/social, porque o indivíduo crescerá e continuará se cobrando que seja bom em tudo e terá muita dificuldade em aceitar rejeições e frustrações.
Somente uma postura positiva e otimista é capaz de trazer bem estar físico e mental.
Perceba que seu valor enquanto pessoa não pode e nem deve ser baseado na maneira como foi tratado, ainda que isso tenha durado toda sua vida. Podemos mudar, não é mesmo, basta você querer ou procurar ajuda.
Não permita mais ser desrespeitado ou maltratado, por quem quer que seja.
Não espere que os outros mudem para ser mais feliz. A felicidade está dentro de você.
É na interação e contato humano que se fundamenta a vida. Os laços e os sentimentos que se criam são promotores da auto estima e auto confiança; socialize-se.
Deixe de se comparar!
Não se preocupe com o que seu colega está fazendo. Perceba o que realmente quer, do que é capaz, e o que tem de melhorar ou mudar para alcançar os seus objetivos/sonhos.
A mudança mais importante é aquela que acontece dentro de você!
Você não pode mudar seu passado, mas pode mudar seu presente.
Não fique aprisionado.


Acredite acima de tudo em você, isso faz toda a diferença!
Seja feliz!
Bjs
Psicóloga Elaine.


Referência Bibliográfica:


BEE, H. O ciclo vital. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.


MYERS, D. Introdução à psicologia geral. Rio de Janeiro: LTC – Livros técnicos e científicos Editora S.A., 1986/1999.



ZIMERMAN, D.E.  Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. 



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