O trabalho e os antidepressivos como terapias na depressão.
Psicologia

O trabalho e os antidepressivos como terapias na depressão.




"...que ao lado de todos os tratamentos especializados para a cura da depressão, assim como de outros distúrbios de comportamento, o trabalho desempenha um papel terapêutico fundamental. O mesmo acreditamos, no que diz respeito à psicodança. Enquanto a mente do enfermo se encontrar direcionada para um objetivo saudável, desvinculandose da idéia depressiva, irá regularizando a
distonia e provocando uma positiva reação cerebral, face à imposição do pensamento bem direcionado, que agirá nos neurônios, favorecendo-lhes as sinapses em ritmo equilibrado. O trabalho é recurso muito valioso para fazer o tempo passar, informa a tradição terrestre, mas, sobretudo, para que passe de maneira saudável e dignificadora, acentuamos nos. Felizmente, a praxiterapia vem sendo utilizada com propriedade, colhendo resultados positivos.
“Quando o indivíduo se envolve com qualquer tipo de trabalho ou responsabilidade edificante, concentra-se na sua execução e mantém-se atento aos objetivos delineados. Naturalmente estimulados pela ação mental saudável os neurônios produzem enzimas carregadas de energia que, à semelhança de fótons especializados, produzem harmonia vibratória nos neurotransmissores, proporcionando reequiiíbrio. O mesmo milagre produz a oração. Como porém, raros desses pacientes podem demorar-se concentrados na prece, na meditação ou nas leituras elevadas, porque entram em divagação pessimista, o trabalho e a dança, em razão do esforço físico para desempenhá-los, produz resposta mais direta e imediata.
“Sempre quando atendia um cliente portador de distúrbio depressivo, após as recomendações terapêuticas acadêmicas, propunha-lhe qualquer tipo de laborterapia, a começar por quase insignificantes esforços no próprio lar, no jardim, na reparação de objetos ou móveis quebrados até os serviços de beneficência em favor da comunidade. Os resultados, apesar das permanentes negativas do mesmo em executá-los, explicando que lhe era quase impossível atender-me, redundavam sempre positivos. Renascia-lhe o interesse pela vida, o desejo de prosseguir, a diminuição da ansiedade, a autoconfiança, claro que lentamente. O importante era demonstrar-lhe as imensas possibilidades que lhe estavam à disposição e que, por momentos se encontravam adormecidas, aguardando somente o despertar da vontade e do esforço. 

“Como passo seguinte procurava identificar-lhe a confissão religiosa, a fim de estimulá-lo à crença em Deus, eliminando as propostas fanatizantes das diversas religiões, ensinando que o apoio divino nunca falta, e quando a criatura se entrega ao Criador, Ele corresponde-lhe com segurança e amor. Esse meu comportamento causava estranheza em muitas famílias, nas quais se encontravam os problemas depressivos, bem como entre os colegas, quase sempre aferrados a terrível convicção materialista. No entanto, a observância de tal procedimento terapêutico conferia-me estatística valiosa, quantitativa e qualitativamente, confirmando-me a sua excelência nos resultados favoráveis à recuperação da saúde.”
Olhando-me com interesse, o novo amigo indagou-me:
- Nas suas experiências com obsidiados na Terra, alguma vez sugeriu o trabalho como terapia libertadora? Recordando-me dos momentos valiosos vivenciados nas atividades desobsessivas, retruquei, sem qualquer dúvida:

— Somos também de parecer que o trabalho é, realmente, um dos mais eficazes mecanismos de promoção do indivíduo. Jesus teve ocasião de acentuar, conforme anotado pelo evangelista João, no capítulo 5, versículo 17:

— Meu Pai trabalha até agora e eu também trabalho, demonstrando a alta significação desse procedimento. Não poucas vezes, estimulando os obsessos ao trabalho, eles reagiam justificando-se incapacidade de realizar alguma coisa de útil, ao que lhes objetava, informando que sempre se pode fazer algo, mínimo que seja, quando se tem interesse. E insistindo, conseguia auxiliá-los a sair da inércia, da autocompaixão, da frustração existencial ou da revolta neles instalada pela ação corrosiva da obsessão...
“Quando a mente se desvincula de atividades enriquecedoras, o drama da obsessão se torna mais grave, porque a insistente idéia transmitida torna-se acolhida pelo enfermo, que passa ao diálogo desestruturador do comportamento. Quanto mais recua para o interior, vivenciando a conversação infeliz, mais poderosa se torna a indução do agente perseguidor.”
— O avanço da ciência, buscando entender e solucionar os graves problemas humanos, é considerável, constituindo-se numa demonstração do amor de Deus pelas Suas criaturas, diariamente enviando à Terra os Seus missionários em todas as áreas, a fim de alterar as ocorrências para melhor, estabelecendo parâmetros de equilíbrio e de paz, bem como de renovação e
de saúde para todos. Os fármacos antidepressivos em geral, têm por meta elevar os níveis da serotonina, bem como da noradrenalina, substâncias relacionadas com a depressão conforme ouvimos na conferência da noite passada. Significa dizer, que têm por meta aumentar a quantidade de neurotransmissores no cérebro, que lhes sofre carência. O que ainda merece estudos é a necessidade de compreender-se como as alterações que ocorrem em uma molécula tão simples podem produzir transtornos tão profundos no comportamento do ser? Sabemos, nós outros, os estudiosos da vida espiritual,
que essa ocorrência tem sua gênese no processo reencarnatório, quando o Espírito imprime nos genes as suas necessidades evolutivas, desencadeando os distúrbios correspondentes ao processo de crescimento moral no momento adequado da vida física. Não obstante, os antidepressivos oferecem resultados positivos de acordo com a ficha cármica de cada paciente, porque a função,
por exemplo, do Prozac, composto denominado hidrocloreto de fluoxetina, é bloquear a captação da serotonina, constituído de tal forma semelhante àquela, que pode enganar os neurônios, competindo com a mesma na sua captação e deixando-a na face extenor da célula. Como todos os fármacos objetivam alterar diretamente a química cerebral, inevitavelmente produzem dependência e algumas seqüelas, que podem ser contornadas pelo psiquiatra e também pelo esforço do próprio paciente no processo de recuperação. 

“Variam as opiniões de especialistas em torno do Prozac. Alguns consideram-no como excelente, com respostas positivas quase imediatas à sua aplicação. Outros, no entanto, evitam-no, por haverem constatado em alguns dos seus clientes resultados menos felizes, até mesmo indutivos ao suicídio...Tudo isso tem a ver, sem dúvida, com o passado espiritual do enfermo, porqüanto, cada indivíduo possui as conquistas que o tipificam, diferenciando-o dos demais. O medicamento que, em alguém produz resultado positivo, noutrem desencadeia distúrbios e efeitos diferentes, como é compreensível, face à estrutura orgânica de cada qual.  

“Reconhecendo e valorizando a contribuição científica dos nobres pesquisadores e dos resultados das suas conquistas em favor dos pacientes depressivos como de outras enfermidades, a conduta do recuperado terá muito que ver com o seu processo de preservação da saúde, evitando as perturbadoras recidivas que invariavelmente acontecem por novos desvios de comportamento, por falta de identificação com os valores enobrecedores da vida, por abuso e desgaste das energias nos prazeres exorbitantes e primários.

‘Avançamos, a pouco e pouco, para a eliminação das terapias realizadas mediante a aplicação de drogas que, por enquanto, ainda se fazem necessárias.

Relatórios cuidadosos atestam que existem, neste momento, aproximadamente duzentos tipos de psicoterapias variadas, incluindo-se, bem se vê, aquelas denominadas alternativas que, em diferentes regiões do planeta oferecem resultado positivo, desde as denominadas fitoterapia, acupuntura, bioenergia, florais de Bach, energização através de metais, de cristais, de perfumes e óleos, de do-in, de Reiki, etc, auxiliando o ser humano na conquista e no encontro de si mesmo.”
Dr. Orlando Messier
Livro Tormentos da Obsessão, de Manoel P. de Miranda, por Chico Xavier



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