Psicologia
As vezes eu paro e penso...
As vezes eu paro e penso, não foi à toa que está doença chegou até mim. Deus nos prega peças e devemos montar o quebra-cabeça. Claro, que eu me arrependo do que aconteceu. Mas, não podemos desanimar.
Então, eu enxergo de outra forma, como tenho experiência na enfermagem e com ênfase na educação em saúde. Resolvi quebrar tabus, falando abertamente de drogas, para alguns deve ser assustador e para outros nem tanto. A droga levou a ter uma doença esquizoafetiva.
Desanimar? Encolher da sociedade? JAMAIS! Resolvi passar à informação pra frente com vivência no caso. Sei dos perigos, conheci pessoas e algumas viraram as costas e outras não. Percebi que é tão bom ter lucidez. Já fui "a loca da boatii", e isso é tão deselegante é desgastante.
Eu lembro que finais de semana eu levantava e a primeira coisa que eu fazia era "enrolar um baseado" e escutar música. Organizar a casa, lavar roupa. Depois era outro quando terminasse é assim eu passava o dia e noite. Comecei a ter paranoia dentro de casa. Achava que os vizinhos de cima queriam me matar, pois faziam muito barulho. Cheguei a chamar o cara que cuida do prédio, o caseiro. Tinha medo!
Esses foram meus principais e primeiros sintomas da esquizoafetiva doença. Mas, nada é em vão. Hoje estou bem lúcida, consegui sair do surto (fiquei dois anos nos delírios e alucinações), postava fotos com dizeres legais. Pois, acho que o esquizofrênico é mais sensível. Por isto, que escrevo!
Estamos de passagem e eu quero fazer o bem e ações voltada a educação em saúde. Desmistificar a doença, ter uma base sólida e assim eu consigo me ajudar no tratamento também. Sei que o mundo todo está lendo o blog, quero passar a mensagem principalmente aos excluídos e esquecidos da sociedade. E que a sociedade de conta desses seres humanos doentes e que precisam de ajuda e um olhar holístico. Que exista ternura e coração acalentado.
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