10 Maneiras Estranhas do seu Cérebro o Enganar

O nosso cérebro decide como percebemos tudo o que nos rodeia. Ele informa as nossas decisões, guiando-nos cuidadosamente através da névoa que é o mundo que nos rodeia... Exceto quando nos mente. Os nossos cérebros são amigos inconstantes e gostam de jogar jogos. Muitas vezes, o que achamos que é verdade, é realmente apenas os nossos cérebros brincando connosco.

Alguma vez já repetiu a palavra várias vezes e descobriu que, depois de um tempo, começou a perder o significado? Se já, não precisa preocupar-se, os cientistas têm estudado este fenómeno e chamam-lhe saciedade semântica. Estudos descobriram que quando se repete uma palavra, o cérebro fica saciado e você começa a ficar confuso sobre o que a palavra significa mesmo. Normalmente quando você diz uma palavra (por exemplo, "caneta"), o seu cérebro encontra a informação semântica para uma caneta e liga as duas coisas juntas. No entanto, contra intuitivamente, se você repetir a palavra várias vezes em rápida sucessão, o seu cérebro torna-se menos capaz de conectá-lo com a informação semântica de cada vez.

Pesquisadores descobriram usos práticos para esta informação além de apenas divertir-se com a facilidade com que nos podemos enganar a nós mesmos, usando a saciedade semântica num ambiente controlado, foram capazes de ajudar aqueles que gaguejam e num caso foram capazes de ajudar alguém com coprolalia, a maldição incontrolável por vezes associada à síndrome de Tourette, por repetir as suas palavras de maldição favoritas mais e mais.

Vamos supor que finalmente começa a ir nessa viagem de acampamento que vem adiando há muito tempo. Você desfruta de um longo dia de caminhadas, pesca e outras atividades, em seguida, vai para a sua tenda para descansar um pouco para o dia seguinte. Quando acorda de manhã, percebe que algo está terrivelmente errado, para ser mais preciso, há um urso na sua barraca. Você pode imaginar que a primeira coisa que sente é medo, o que resultaria num batimento cardíaco rápido. Mas, mais uma vez, o seu cérebro está tentando enganá-lo.

De acordo com a teoria da emoção de James Lange, ele realmente funciona ao contrário. A sua teoria periférica afirma que, quando você vê o urso, o seu coração começa a bater mais rápido e só depois é que o seu cérebro começa a pensar que deve ter medo e envia sinais de medo. Aqueles que estudam a emoção não foram capazes de refutar a teoria, até agora, embora alguns acreditem que as respostas emocionais são mais de um laço.

Você já teve algo incrivelmente cativante terrível preso na sua cabeça por dias a fio? Bem, agora tem um nome para esse fenómeno horrível, o que os cientistas chamam de uma "lagarta". A explicação de alguns cientistas basicamente envolvem o cérebro ficar preso numa lagarta. Você provavelmente se lembra um verso de qualquer cativante música quase perfeitamente, mas não sabe o resto da música também. Depois de cantar o primeiro verso, o seu cérebro tenta passar para o próximo, mas não sabe o resto da música. Porque o seu cérebro gosta de voltar aos pensamentos inacabados, ele fica preso nisso, continuamente, tentando começar de novo e terminar a canção. Depois de supostamente lutar para obter as Spice Girls para fora das suas cabeças, um grupo de cientistas estavam determinados a descobrir como quebrar esse feitiço. Depois de muito estudo, o seu conselho é uma espécie de filosofia em que você precisa concentrar-se numa atividade cognitiva que não é muito fácil ou muito difícil. Eles sugerem resolver anagramas ou ler um romance.

A maioria de nós tem opiniões fortes sobre questões como o canibalismo e o incesto, considerando que eles sejam moralmente errados. No entanto, os pesquisadores descobriram que, quando perguntados sobre estas questões, os cérebros da maioria das pessoas sente-se lá lentamente, incapaz de chegar a uma resposta apropriada, embora os comportamentos em questão sejam considerados tabu pela maioria das sociedades modernas. Este fenómeno é denominado moral da perplexidade, pura e simplesmente, os sujeitos ficam "mudos" e incapazes de explicar adequadamente por que se sentem tão fortemente sobre um problema.

Um dos cenários descreve alguém que trabalha com um corpo que estava indo para ser cremado de qualquer maneira e tirou um pequeno pedaço de carne para casa para comer. Ela fez questão de cozinhá-lo completamente para remover quaisquer doenças. Outro falou de um irmão adulto e irmã, que estavam de férias e decidiram ficar loucos, certificando-se que usaram proteção. Os participantes foram questionados se o que essas pessoas fizeram foi errado, então, pediram para explicar o porquê. Os pesquisadores descobriram que as pessoas sentiram muito fortemente que esses comportamentos eram moralmente errados, mas tiveram grande dificuldade de verbalizar o seu raciocínio. A pesquisa ainda não explicou por que essa resposta ocorre. Pode ser que os tabus da sociedade sejam simplesmente enraizados na nossa consciência tão profundamente que nós sentimos uma unidade moral poderosa contra eles, mesmo que não consigamos explicar logicamente o porquê.

Você confia no seu GPS para chegar em todos os lugares? Você até o usa para navegar para lugares familiares? Se assim for, talvez possa querer considerar o uso para menos. Acontece que o uso de GPS é uma maneira fácil de nos acalmar numa falsa sensação de segurança e perder o nosso senso de direção, muito uso de GPS, na verdade, faz com que seja mais difícil para nós criar mapas espaciais. Pior ainda, alguns pesquisadores acreditam que, se não usarmos as nossas capacidades espaciais com regularidade, isso pode levar-nos a um maior risco de demência de início precoce. Os pesquisadores sugerem que usemos o GPS apenas quando não sabemos o caminho, e usá-lo mais como uma ferramenta do que uma muleta.

Você provavelmente não vai muitas vezes acabar numa situação onde está temporariamente privado de estímulos sensoriais. No entanto, se isso acontecer e começar a ver coisas que não fazem sentido ou ouvir barulhos estranhos, não fique muito alarmado, é apenas mais um exemplo do seu cérebro pregando partidas. Os pesquisadores colocaram assuntos de teste em algo chamado uma câmara anecoica, uma câmara projetada para bloquear o ruído e a luz. O objetivo deste experimento em particular era ver se as pessoas alucinavam quando eram privadas de estímulos sensoriais.

Pessoas relataram ter visto as formas e rostos, e algumas até tinham alucinações olfativas. Ainda mais estranho, algumas pensaram que algo mau estava no quarto com elas e que algo "importante" aconteceu enquanto estavam lá. Segundo os pesquisadores, a explicação é que o nosso cérebro fica confuso quando é privado de estímulos sensoriais, por isso cria alguns para preencher o vazio. O resultado é que nós não podemos dizer o que é real e o que é apenas dentro de nossas cabeças.

Você já ouviu falar de alguém bater o pé na porta e fazer uma careta de dor, ainda que nada aconteceu consigo? Ou apenas ouviu uma história de alguém se machucar e teve a mesma experiência? Isso é a dor simpática. Os pesquisadores que estudaram utilizaram aparelhos de ressonância magnética para testar como os cérebros das pessoas reagiam quando olhavam para rostos com certas expressões e ao fazer essas expressões. O que eles descobriram é que o cérebro exibe a mesma atividade em ambos os casos. A parte do cérebro responsável por isso é chamada de "área de espelho" e os cientistas acreditam que nós temos algo chamado de "neurónios-espelho", que são responsáveis pela criação de uma resposta simpática. Essencialmente, os seres humanos são conectados a pensar que estamos sentindo as mesmas coisas que as outras pessoas, essencialmente uma versão muito forte de empatia instintiva.

A maioria de nós está muito certa das suas lembranças, e por que não deveria estar? Num mundo estranho e em constante mudança, que muitas vezes não faz sentido, as nossas experiências podem ser uma das poucas coisas que nos dão o chão na realidade. No entanto, os cientistas realizaram experiências sobre a memória e descobriram que ela é incrivelmente fácil de plantar falsas memórias. De acordo com um pesquisador, a razão pela qual é tão facilmente enganada é porque as nossas mentes tentam tomar tudo no nosso entorno, mas inevitavelmente falham, o que leva a lacunas na memória. Para lidar com essas lacunas, as nossas mentes plantam automaticamente qualquer memórias falsas que pensam fazer sentido com base no nosso conhecimento e experiência atual.

Mas fica ainda pior. Num experimento, os pesquisadores convenceram uma mulher que havia sido perdida num shopping quando era jovem. Não só ela acreditou neles, como começou a dar mais detalhes sobre uma velha que a tinha ajudado e falou olhando para filhotes. Os pesquisadores foram capazes de convencê-la tão bem que quando lhes disseram que a memória era falsa e que tudo tinha sido uma experiência, ela não acreditava neles até que chamou os seus pais para confirmar que ela não tinha sido perdida no shopping.

A maioria das pessoas provavelmente sabe que, sem sono, os resultados podem ser bastante semelhantes a estar bêbado. No entanto, o que talvez não saiba é que o excesso de sono pode ter um efeito semelhante. Alguma vez já dormiu mais do que de costume, acordou e se perguntou por que deve sentir-se mal quando tem muito sono? Nunca pode dormir demais, o sono é, afinal, como podemos recarregar e muitos de nós estamos constantemente tentando alcançá-lo.

Quando dorme por muito tempo, o seu cérebro pode ficar confuso e deixá-lo num estado que está a meio caminho entre o sono e a vigília. Isso é perigoso, porque tal comos os bêbedos, os que têm sono não são susceptíveis de perceber o perigo quando estão na estrada. Um médico conta a história de um paciente que estava tão grogue de embriaguez do sono que a sua esposa achou que ele estava tendo um derrame.

Muitos de nós estão sob a impressão de que somente aqueles sob a influência de drogas tendem a ter alucinações, mas nada poderia estar mais longe da verdade. Alucinações hipnagógicas ocorrem nesse espaço de tempo quando está caindo no sono, mas não realmente dormindo ou quando está acordado. Ambas as formas de alucinação podem ser auditivas ou visuais na natureza. Elas são distintas mas mostram que o seu cérebro pode causar-lhe alucinações quando ainda está sonhando, parcialmente consciente. Enquanto aqueles que são especialmente cansados ou têm condições mentais previamente existentes são um pouco mais propensos a ter essas experiências, são muito comuns em indivíduos saudáveis também. E os nossos cérebros não estão satisfeitos com os seus jogos apenas quando estamos dormindo ou num estado crepuscular entre mundos, neurologicamente pessoas normais podem ter alucinações auditivas, mesmo quando acordadas.

Tweet